
Tumor de rim: o que fazer quando é encontrado um nódulo

O câncer de rim, mesmo não sendo o câncer mais comum, acomete homens e mulheres, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil registra mais de 6 mil casos por ano. Mas o que fazer quando detectar um nódulo? Continue a leitura e confira.
O câncer de rim normalmente atinge indivíduos entre 55 e 75 anos de idade. Há vários tipos de câncer de rim, o mais frequente é o carcinoma renal de células claras (70% a 90% dos casos), que se origina no tubo contorcido proximal, onde ocorre a purificação do sangue.
Aproximadamente 54% dos tumores renais diagnosticados hoje estão confinados ao rim, 20% são localmente avançados (acometendo gânglios regionais próximos ao rim) e 25% já apresentam metástases da doença, principalmente para os pulmões, fígado e ossos.
O uso de cigarro, a hipertensão arterial e a obesidade têm sido os fatores de riscos mais sérios para o surgimento do câncer de rim. Além disso, pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise estão sob um maior risco de desenvolver câncer de rim. Algumas síndromes genéticas raras também aumentam o risco de desenvolver tumores malignos nesse órgão.
Quais os sintomas de um tumor nos rins?
A presença do câncer de rim pode gerar sangramento na urina e dor na parte lateral da barriga. Devido a localização mais profunda do órgão na barriga, sintomas que apresentam a possibilidade de palpação do câncer, só ocorrem quando a doença está mais avançada. Muitos casos são descobertos já em fase avançada, quando apresentam metástases e os sintomas podem ser decorrentes mais da metástase do que do próprio tumor no rim. Massa palpável faz parte da tríade de tumor renal (dor, sangramento urinário, massa palpável), mas só ocorre em tumores muito grandes.
Quais os tumores mais comuns?
Dois tumores renais merecem destaque, o oncocitoma e o angiomiolipoma:
- Oncocitoma é um tumor benigno nos rins, chamado oncocitoma renal. Podem existir outros tipos de oncocitoma, que surgem em outros órgãos como tireoide e glândulas salivares. Mais comum no sexo masculino, acima dos 60 ou 70 anos, e de rápido potencial de crescimento.
Angiomiolipoma é um tumor renal benigno. Isso significa que esse tipo de tumor não se dissemina para outros órgãos do corpo. Mas apesar disso, ele cresce e provoca alterações importantes no funcionamento dos rins.
Nem sempre o exame de imagem consegue diferenciar a gravidade dos tumores. A biópsia de rim não é indicada na maior parte dos casos por diversos motivos, sendo o principal a baixa acurácia da mesma pela heterogeneidade do tumor renal.
O que fazer após o diagnóstico do tumor de rim?
Uma vez feito o diagnóstico, todo tumor maligno deve ser classificado para determinar o tipo e o tratamento adequado. O estadiamento analisa aspectos do câncer, como localização, extensão do tumor no local onde ele surgiu, disseminação para linfonodos e outros órgãos do corpo.
Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico do paciente, uma previsão, de como aquele tumor e aquele paciente vão evoluir ao longo do tempo.
Os estágios do câncer de rim variam de 1 a 4, sendo que o estágio 4 é quando a doença está mais avançada. Se você recebeu recentemente um diagnóstico de tumor de rim, saiba que cada caso possui suas particularidades e merece tratamento individualizado – seja cirúrgico, com radioterapias e/ou quimioterapias.
Tratamento para o câncer de rim
O tratamento do câncer renal depende do tamanho do tumor e se há metástase ou não. Quando a doença está apenas no rim, o tratamento pode ser feito com a cirurgia de retirada parcial ou total do rim. Por ser um órgão que acomoda 500ml de sangue por minuto, a cirurgia deve ser extremamente minuciosa para evitar sangramentos. Técnicas de vídeo e robótica são as que possuem alta eficácia.
O procedimento cirúrgico para retirada do rim é chamado de nefrectomia e costuma ser indicado para o tratamento de pacientes com carcinoma de células renais de grande volume, o câncer de rim mais frequente.
A nefrectomia de um rim doente pode ser parcial ou total (radical). Na nefrectomia parcial, apenas a parte doente ou lesada do rim é removida. A nefrectomia radical envolve a remoção de todo o rim, juntamente com uma seção do ureter, que conduz a urina até a bexiga.
A nefrectomia pode ser feita por cirurgia laparoscópica, sendo uma cirurgia minimamente invasiva. A cirurgia laparoscópica envolve o uso de uma pequena câmera e que é passada através de uma incisão na parede abdominal, usado para visualizar a cavidade abdominal e remover o rim através de uma pequena incisão auxiliar. Esse procedimento é feito sob anestesia geral. Temos ainda a nefrectomia robótica, sendo ela o padrão em casos de nefrectomia parcial.
Entretanto, quando a doença já se apresenta com metástases, o protocolo de tratamento é mais severo. Em muitos casos o objetivo do tratamento é frear o avanço da doença. Combina-se imunoterapia com cirurgia.
Atenção: É fundamental o tratamento conjunto com especialistas de outras áreas, como oncologista, urologista e nefrologista.
Como é o pós-operatório e como fica a função renal?
Após a cirurgia é necessário tomar cuidados com a higienização dos pontos da cirurgia. É necessário trocar os curativos diariamente e evitar a exposição ao sol.
A alimentação também deve ser observada, não existem restrições específicas, mas é importante evitar alimentos de digestão difícil, gorduras, carnes gordurosas e frituras e o consumo de álcool.
O paciente deve manter repouso por 30 dias, sem atividades pesadas, ainda assim é muito importante movimentar-se.
Além disso, o rim remanescente deve ser regularmente testado para verificar quão bem está funcionando. Um exame de urina e medida da pressão arterial devem ser feitos regularmente a cada ano.
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