Sangue na urina pode ser câncer de bexiga! Descubra outros sintomas

Estima-se que por ano, mais de 430 mil novos casos sejam diagnosticados de câncer de bexiga no mundo inteiro. Ele é o segundo tipo de neoplasia mais comum no sistema urinário, atingindo principalmente os homens. Continue a leitura e tire suas dúvidas sobre os sintomas e diagnóstico dessa doença tão severa.

O que é o câncer de bexiga?

A doença decorre da multiplicação e do crescimento desordenados das células. Quando isso acontece na bexiga, a enfermidade é definida como câncer de bexiga.

Existem vários tipos de tumor nessa região, mas o mais comum é o carcinoma urotelial, o que representa 90% dos casos. Ele tem esse nome porque se manifesta a partir das células uroteliais, ou seja, os tecidos que recobrem as membranas dessa região.

Quais os fatores de risco?

Existem alguns fatores que aumentam as chances de que o câncer de bexiga aconteça. Confira abaixo:

Genética e/ou herança familiar
Tabagismo
Exposição profissional a agentes químicos industriais e orgânicos
Baixa ingestão de líquidos
Irritações (cálculos na bexiga) ou infecções do órgão crônicas (não tratadas)
Histórico de tumor local
Exposição radioterápica na região pélvica
Alguns quimioterápicos
Atividades profissionais relacionadas

Aos tabagistas, o alerta é ainda maior! Pois de acordo com a Sociedade Americana de Câncer, o tabagismo aumenta ainda mais o risco da doença.

Como reconhecer os sintomas?

O sintoma mais expressivo de câncer na bexiga é a presença de sangue na urina (hematúria). Quando visível a olho nu, a manifestação é chamada de hematúria macroscópica, o que sinaliza casos mais graves. Pode ocorrer também de o sangramento ser invisível a olho nu (hematúria microscópica).

Vale ressaltar que esse sintoma, não significa, necessariamente, um quadro avançado —ou seja, a presença de metástase. Existem outros sintomas que podem ser alertas para a doença como a urgência urinária, aumento da frequência urinária, ardor ao urinar, perda de peso e a presença de massa na região pélvica

Quem precisa ficar atento?

Este tipo de câncer é mais comum entre homens, e o risco dele se manifestar aumenta com o avanço da idade. Por esta razão, a doença é mais frequente entre pessoas com idade superior a 55-60 anos.

O tumor acomete mais indivíduos brancos, e também existem mais casos em países em desenvolvimento. Em locais nos quais a doença também tem como causa infecções por esquistossomose, o número de casos é 2 vezes maior, quando comparado a regiões desenvolvidas

Quando é a hora de procurar ajuda médica?

Como não existe um teste preventivo para detecção do câncer de bexiga, a presença do sangue na urina é considerada o sinal de alerta que indica a necessidade de se submeter a uma avaliação médica, principalmente se você é idoso e é(ou foi) tabagista.

Como é feito o diagnóstico?

Como a doença possui sintomas similares a outras neoplasias, para se certificar do diagnóstico, o médico irá pedir algum desses exames:

Cistoscopia: Consiste na introdução pela uretra de uma fibra óptica que possui uma luz forte na ponta, para iluminar a bexiga por dentro. Quando o médico encontra lesões suspeitas, é possível removê-las com uma pinça que há no aparelho. O material colhido nas biópsias será analisado ao microscópio pelo médico patologista.

Outros exames podem ser solicitados para auxiliar a cistoscopia: como a ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética.

Citologia urinária: É a análise da urina com o objetivo de procurar células tumorais que se destacaram do tumor e se encontram em suspensão na urina. Esse exame, no entanto, só consegue detectar cerca de 20% a 30 % dos tumores de bexiga.

Como é feito o tratamento?

Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá as opções de tratamento. É importante avaliar os benefícios e riscos de cada opção terapêutica, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de cada paciente.

As principais opções de tratamento para o câncer de bexiga são cirurgia, terapia intravesical, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. Em muitos casos, mais do que um desses tratamentos ou uma combinação deles podem ser utilizados.

Quais são as chances de cura?

A cura depende do estágio da doença e também se ele é localizado ou se já se expandiu para outras áreas do corpo, além da idade e condições gerais de saúde do paciente. Mas de acordo com o levantamento SEERS da American Cancer Society, as chances de cura do câncer de bexiga na fase mais precoce são de 96%.

Como posso prevenir?

Apesar de ser uma doença influenciada por alguns fatores que não podem ser controlados como a idade, o gênero, a raça e o histórico familiar. Podem ser adotadas algumas medidas que podem ajudar na prevenção. Confira:

Evite fumar
Limite a exposição a agentes químicos no trabalho usando EPI (Equipamento de Proteção Individual)
Mantenha-se hidratado (beba 1 a 2 litros de água ao dia)
Adote uma dieta saudável, incluindo frutas e verduras em abundância