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14 de fevereiro de 2022

Hiperplasia prostática benigna pode surgir nos homens a partir dos 50 anos?

Urologista Dr. Thiago Vilela Castro

A doença causa o aumento da próstata, a redução do jato urinário e afeta a qualidade de vida do homem. Mas será que a idade influencia o surgimento da hiperplasia prostática?

A HPB é uma condição muito prevalente entre os homens, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 50% dos homens acima de 50 anos vão apresentar um quadro de Hiperplasia Prostática Benigna. Aos 90 anos, essa condição afeta 80% dos pacientes.


Essa alteração apresenta uma relação direta com o envelhecimento, presença de hormônios sexuais e genética. Um fator interessante é que nem todos os pacientes apresentam os sintomas clínicos, ou seja, apenas 70% dos homens com o problema irão sentir os sintomas da HPB e aproximadamente 50% deles, vão precisar passar por um tipo de tratamento no decorrer da sua vida.


Para se ter uma ideia, a próstata possui o tamanho semelhante a uma noz até por volta dos 40-45 anos. Conforme o envelhecimento do homem, a glândula pode atingir o tamanho de uma bola de tênis. No entanto, a hiperplasia prostática benigna não tem chances de evoluir para um câncer de próstata e não representa uma predisposição para a doença.

A doença não está relacionada ao câncer de próstata, mas pode afetar a qualidade de vida do homem e causar complicações graves quando não tratada. Continue a leitura e saiba mais!

O que é a Hiperplasia Prostática Benigna?

A hiperplasia prostática benigna é o crescimento da próstata que, em alguns casos, pressiona a uretra, comprometendo a micção masculina. Com isso, o homem tem uma sensação de bexiga cheia, que se alia a uma vontade contínua de urinar e a um jato miccional fraco.


As principais queixas dos pacientes são a redução do jato urinário, esforço para iniciar a micção, gotejamento terminal, micção intermitente, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e necessidade de urinar várias vezes à noite.

Como é feito o diagnóstico?


Existem alguns métodos de avaliação que auxiliam o Urologista a chegar no diagnóstico correto. Além do exame clínico, o médico poderá solicitar outros exames complementares para obter um diagnóstico preciso, como: 

  • PSA;
  • Ultrassonografia;
  • urofluxometria;
  • ressonância magnética.


Como é feito o tratamento?


A escolha do tratamento ideal é feita pelo urologista, levando em consideração as particularidades de cada caso. Atualmente há diversas opções de tratamento disponíveis, desde as modificações dos hábitos de vida até procedimentos cirúrgicos não invasivos.

Vale ressaltar que as mudanças de hábitos para uma vida mais saudável, auxilia na efetividade no tratamento escolhido. Conheça os tratamentos mais utilizados:


Medicamentoso

O uso de medicamentos podem ajudar no relaxamento da bexiga para que ocorra a saída da urina, na redução da próstata e na inibição das contrações exageradas da bexiga.


Cirúrgico

Se o tratamento medicamentoso apresentar resultados ineficazes ou pouco satisfatórios, o médico poderá optar pelo tratamento cirúrgico, que pode ser realizado de duas formas: 

  • Ressecção transuretral da próstata (RTUP)

É um procedimento muito comum e tem o objetivo de remover parte da próstata para diminuir seu tamanho. A cirurgia é realizada com o auxílio de um endoscópio que é utilizado na remoção parcial da glândula.

  • Prostatectomia robótica

Realizada com o auxílio de um robô, a cirurgia pode ser utilizada para remoção parcial ou total da próstata, oferecendo maior precisão dos movimentos cirúrgicos, recuperação rápida e com menos riscos de incontinência urinária e impotência sexual.


Quer saber mais? Entre em contato comigo e envie suas dúvidas sobre o assunto! Será um prazer te ajudar.


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