Layout do blog

1 de setembro de 2022

Pedras nos rins na gravidez: Tudo o que você precisa saber!

Quando realizar o exame de próstata

Os cálculos renais, litíase ou pedras nos rins, como é mais conhecida, é uma doença comum que acomete grande parte da população em diferentes faixas etárias. Nas grávidas os percentuais são alarmantes, continue a leitura e descubra quais as principais causas e tratamentos para os cálculos renais na gravidez.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 10% da população é afetada por cálculos renais e uma em cada 1,5 mil grávidas apresentam complicações renais.


Na gravidez o trato urinário da mulher passa por muitas mudanças fisiológicas. As mais comuns são: o aumento da taxa de filtração glomerular, excreção do cálcio, do oxalato, ácido úrico e do pH urinário. Também ocorre a diminuição da alcalinidade e da solubilidade do fosfato de cálcio, alterações que favorecem a formação dos cálculos. 


Mas o que causa as pedras nos rins na gravidez?

Os cálculos renais se formam antes mesmo do período gestacional, ou seja, quando já há indícios anteriores que favorecem a formação dos cálculos. Se a mulher já teve a doença ou está dentro da faixa etária de risco (entre 20 e 40 anos) e não cuida da alimentação ou não se mantém hidratada, há grandes chances da doença acometê-la na gravidez.


 Durante a gestação, com as alterações fisiológicas no trato urinário e o aumento hormonal e da progesterona, ocorre também a hidronefrose, que é a dilatação do rim, processos que facilitam a liberação de cálculos existentes.


Mas o cálculo renal na gravidez prejudica o bebê?

As crises ou saídas das pedras durante a gravidez, não causam danos ao feto. O problema dos cálculos renais na gravidez é que nesse período o corpo fica mais limitado, ao que se refere aos tratamentos comuns, como a medicação ou procedimento cirúrgico, devido à formação do bebê.


O cálculo renal por si, também favorece a instalação de infecção urinária na gravidez que desencadeia outros problemas como a amniorrexe prematura, distúrbios hipertensivos na mãe, diabetes gestacional e aumento das taxas de parto por cesárea.


Quais são os sintomas e diagnóstico?

A dor abdominal é o sinal mais comum, ocorrendo em 85 a 100% das
gestantes com pedras nos rins, mas também podem ocorrer:

  • Náuseas e vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Sangue na urina;
  • Dor ao urinar;
  • Pus na urina.

Mediante qualquer suspeita, procure um Urologista com urgência. Exames como o de sangue e o de urina podem detectar rapidamente o problema.


Afinal, qual é o tratamento dos rins na gravidez?

A maioria dos cálculos renais durante a gravidez podem ser expelidos de forma espontânea, facilitados pela dilatação do trato urinário durante este período. É descrita uma taxa de 64 a 84% de resolução dos casos com terapia sem intervenção cirúrgica.


Normalmente, trata-se das dores causadas pelas pedras nos rins com remédios antiespasmódicos, analgésicos, opioides e/ou corticoides.

Infelizmente, cerca de 15 a 30% das gestantes com pedras nos rins acabam precisando de algum tipo de abordagem mais invasiva (uso de cateter duplo J, ureterorrenolitotripsia ou nefrostomia nos casos de abcesso). As indicações de intervenção são baseadas nos seguintes critérios: dor intensa, obstrução de rim único, obstrução bilateral, função renal alterada, cálculo maior que 1cm, sepse e complicações obstétricas (como: trabalho de parto prematuro ou pré-eclâmpsia).


A litotripsia extracorpórea por ondas de choque(LECO), por exemplo, não pode ser realizada na gestação. Em casos urgentes, esse procedimento pode ser realizado 15 dias após o parto, porém como ele requer muito repouso e isso pode afetar a rotina de amamentação e cuidados com o bebê – que são realizados pela mãe -, o ideal é que seja realizado somente após o primeiro ano de vida do bebê.


Nos casos de cálculos ureterais obstrutivos, que não conseguiram ser eliminados espontaneamente, ou quando estão associados à infecção urinária, devido ao elevado risco de sepse urinária, o tratamento endoscópico de desobstrução renal geralmente está indicado.

Importante frisar que esses procedimentos em gestantes devem ser realizados por Urologistas com boa formação técnico - científica, com experiência, e familiarizados com tais abordagens. 


Espero ter conseguido esclarecer as dúvidas mais comuns e caso precise de acompanhamento ou alguma ajuda referente aos cálculos renais na gravidez, entre em contato comigo através da página de contato ou pelo WhatsApp (61) 99284-7537.

COMPARTILHE O POST

FALE COM O MÉDICO
O que pode ser um caroço na virilha de um homem?
Por Dr. Thiago Castro 20 de agosto de 2024
Um caroço na virilha pode ser linfadenopatia, hérnia, cisto, abscesso ou tumor. A consulta com um urologista é crucial para diagnóstico e tratamento.
Quem tem problema de próstata pode ficar impotente?
Por Dr. Thiago Vilela 20 de agosto de 2024
Sim, problemas na próstata, como câncer ou hiperplasia benigna, podem causar impotência, especialmente se o tratamento afetar nervos ou vasos sanguíneos.
Como é a recuperação de quem faz vazectomia?
Por Dr. Thiago Castro 20 de agosto de 2024
A recuperação após vasectomia é rápida, com repouso nas primeiras 48 horas, sem necessidade de internação. Atividades leves podem ser retomadas após alguns dias.
A infecção urinária pode ser transmissível?
Por Dr. Thiago Castro 20 de agosto de 2024
A infecção urinária não é transmissível entre pessoa, ela ocorre por bactérias do próprio corpo, com atividade sexual aumentando o risco, mas sem transmissão direta.
Qual o tratamento eficaz para HPV?
Por Dr. Thiago Castro 20 de agosto de 2024
O tratamento eficaz para HPV remove lesões com crioterapia, ácido tricloroacético ou cirurgia, controlando sintomas, mas sem eliminar o vírus.
Qual a cor da urina de quem tem problemas nos rins?
Por Dr. Thiago Castro 20 de agosto de 2024
Urina marrom escura ou avermelhada pode indicar problemas renais, sugerindo sangue ou toxinas. Requer avaliação médica urgente.
Por Caroline Rodrigues 5 de agosto de 2024
Quais os cuidados antes da cirurgia de HOLEP?
Por Caroline Rodrigues 5 de agosto de 2024
Prostatectomia: saiba mais sobre a remoção da próstata através da robótica
Por Caroline Rodrigues 5 de agosto de 2024
Tudo o que precisa saber sobre a Vasectomia
Precisa fazer exame regularmente para HPV?
Por Dr. Thiago Castro 15 de julho de 2024
Sim, exames regulares de HPV são importantes para mulheres a partir dos 21 anos, com Papanicolau a cada 3 anos e, após os 30, combinado com teste de HPV a cada 5 anos.
Mais Posts
Share by: