Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 10% da população é afetada por cálculos renais e uma em cada 1,5 mil grávidas apresentam complicações renais.
Na gravidez o trato urinário da mulher passa por muitas mudanças fisiológicas. As mais comuns são: o aumento da taxa de filtração glomerular, excreção do cálcio, do oxalato, ácido úrico e do pH urinário. Também ocorre a diminuição da alcalinidade e da solubilidade do fosfato de cálcio, alterações que favorecem a formação dos cálculos.
Os cálculos renais se formam antes mesmo do período gestacional, ou seja, quando já há indícios anteriores que favorecem a formação dos cálculos. Se a mulher já teve a doença ou está dentro da faixa etária de risco (entre 20 e 40 anos) e não cuida da alimentação ou não se mantém hidratada, há grandes chances da doença acometê-la na gravidez.
Durante a gestação, com as alterações fisiológicas no trato urinário e o aumento hormonal e da progesterona, ocorre também a hidronefrose, que é a dilatação do rim, processos que facilitam a liberação de cálculos existentes.
As crises ou saídas das pedras durante a gravidez, não causam danos ao feto. O problema dos cálculos renais na gravidez é que nesse período o corpo fica mais limitado, ao que se refere aos tratamentos comuns, como a medicação ou procedimento cirúrgico, devido à formação do bebê.
O cálculo renal por si, também favorece a instalação de infecção urinária na gravidez que desencadeia outros problemas como a amniorrexe prematura, distúrbios hipertensivos na mãe, diabetes gestacional e aumento das taxas de parto por cesárea.
A dor abdominal é o sinal mais comum, ocorrendo em 85 a 100% das
gestantes com pedras nos rins, mas também podem ocorrer:
Mediante qualquer suspeita, procure um Urologista com urgência. Exames como o de sangue e o de urina podem detectar rapidamente o problema.
A maioria dos cálculos renais durante a gravidez podem ser expelidos de forma espontânea, facilitados pela dilatação do trato urinário durante este período. É descrita uma taxa de 64 a 84% de resolução dos casos com terapia sem intervenção cirúrgica.
Normalmente, trata-se das dores causadas pelas pedras nos rins com remédios antiespasmódicos, analgésicos, opioides e/ou corticoides.
Infelizmente, cerca de 15 a 30% das gestantes com pedras nos rins acabam precisando de algum tipo de abordagem mais invasiva (uso de cateter duplo J, ureterorrenolitotripsia ou nefrostomia nos casos de abcesso). As indicações de intervenção são baseadas nos seguintes critérios: dor intensa, obstrução de rim único, obstrução bilateral, função renal alterada, cálculo maior que 1cm, sepse e complicações obstétricas (como: trabalho de parto prematuro ou pré-eclâmpsia).
A litotripsia extracorpórea por ondas de choque(LECO), por exemplo, não pode ser realizada na gestação. Em casos urgentes, esse procedimento pode ser realizado 15 dias após o parto, porém como ele requer muito repouso e isso pode afetar a rotina de amamentação e cuidados com o bebê – que são realizados pela mãe -, o ideal é que seja realizado somente após o primeiro ano de vida do bebê.
Nos casos de cálculos ureterais obstrutivos, que não conseguiram ser eliminados espontaneamente, ou quando estão associados à infecção urinária, devido ao elevado risco de sepse urinária, o tratamento endoscópico de desobstrução renal geralmente está indicado.
Importante frisar que esses procedimentos em gestantes devem ser realizados por Urologistas com boa formação técnico - científica, com experiência, e familiarizados com tais abordagens.
Espero ter conseguido esclarecer as dúvidas mais comuns e caso precise de acompanhamento ou alguma ajuda referente aos cálculos renais na gravidez, entre em contato comigo através da página de contato ou pelo WhatsApp
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