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22 de dezembro de 2021

Transplante renal: Quais são os cuidados necessários

Urologista Dr. Thiago Vilela Castro

Seguir a risca todas as indicações médica e observar como o seu corpo reage ao transplante pode fazer toda a diferença no processo de recuperação


Hoje compartilharei com você algumas informações básicas e essenciais sobre os cuidados relacionados ao transplante renal. Esse procedimento cirúrgico visa compensar uma função que foi perdida no paciente portador de insuficiência renal terminal.


As vantagens desse tratamento são imensuráveis e podem oferecer ao paciente uma vida mais saudável e feliz. 


Assim como qualquer intervenção cirúrgica, o transplante renal necessita de diversos cuidados antes, durante e após a sua realização. 


Acompanhe o texto e saiba mais sobre esse assunto.




Quem pode ser transplantado

Reforço o aviso de que qualquer procedimento cirúrgico só pode ser realizado depois de uma minuciosa avaliação médica. Por isso, é importante que o paciente realize um acompanhamento e siga todas as indicações sugeridas pelo profissional habilitado (no caso, um médico urologista).


Esse tipo de transplante só é indicado depois da realização de uma avaliação clínica em que é constatado que o paciente teve um prejuízo irreversível e grave das funções renais.

A vida no pós-transplante

Os pacientes que passam por um procedimento desse podem retomar a rotina alimentar mais próxima do normal, ingerir mais líquidos e praticar atividades físicas. 


Mas, antes de tudo, ouça a orientação do seu médico. Entretanto, será necessário o acompanhamento periódico desse paciente e o uso de medicações indicadas no processo, para adaptação e manutenção.

O que muda na rotina alimentar?

Após a cirurgia, será necessário um acompanhamento alimentar especial. Além de uma dieta específica indicada por um especialista, deverá ser adicionado na rotina desse paciente a ingestão de pelo menos 1 litro e meio de água ao dia.


Todo excesso alimentar será diminuído a fim de auxiliar na recuperação. Reforço aqui que cada organismo tem sua forma de se adaptar ao processo, de forma que não temos uma única dieta a ser seguida.


Riscos de infecções


É comum que após o transplante, o paciente fique mais sensível e propício a contrair infecções (em diversos níveis). Por isso, sempre que ocorrer qualquer alteração no quadro do transplantado, o médico especializado deve ser procurado imediatamente. 


Vou citar algumas ações que podem prevenir essas infecções e auxiliar no processo de recuperação:

  • Usar máscaras de proteção durante as primeiras semanas pós operatória e /ou quando for retornar a um local de risco (como hospital e entre outros);
  • Manter contato com poucas e necessárias pessoas no pós operatório;
  • Evitar ao máximo contato com pessoas portadoras de alguma doença contagiosa conservar o local (casa, apartamento e entre outros) sempre limpo;
  • Ter hábitos de higienizar as mãos sempre que preciso;
  • Consumir os alimentos indicados na dieta e preparados de forma correta.

Possíveis complicações cirúrgicas

Nenhum procedimento cirúrgico é 100% garantido. Claro, com o avanço da tecnologia e o preparo de especialistas da área, os riscos são menores. Mas, existem. 


Por isso, sou claro com todos os meus pacientes e demonstrar a cada um a importância do acompanhamento de uma equipe séria durante todas as etapas do transplante.

Todos os pacientes que passam por um procedimento como esse estão expostos a possíveis complicações. As mais comuns são de ordem vascular e urológicas. Como cada organismo reage de uma maneira, não entrarei em mais detalhes sobre esse tópico. 



Como é feito o diagnóstico?


O período pós-operatório exige atenção dobrada e alguns pontos importantes fazem parte de uma lista que deve ser verificada de forma contínua:


  • Dor ou inchaço no local da cirurgia
  • Diminuição do débito urinário
  • Temperatura acima de 37,5˚
  • Inchaço (edema) das pálpebras, mãos e/ou pés
  • Dor ao urinar e presença de sangue na urina 
  • Aumento da pressão sanguínea com a diastólica (mínima) maior que 100 mmHg
  • Tosse, falta de ar e desconforto


Caso apareça qualquer um desses sinais (ou outros indicados nas recomendações do médico especialista), o paciente deverá sinalizar à equipe médica o quanto antes.


Recuperação anda de mãos dadas com a consciência

Seguir à risca todas as indicações recomendadas pelo médico é vital para o sucesso do processo como um todo. Não retorne às atividades rotineiras antes do indicado e mantenha uma comunicação contínua com o seu médico. 


Além disso, procure tirar todas as dúvidas que forem surgindo durante a jornada para que a sua recuperação seja tranquila e de sucesso.


Esse conteúdo foi importante para você? Continue acompanhando o blog para mais informações importantes para a sua saúde



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