Hematúria é o termo médico usado para descrever a presença de sangue na urina. Esse sintoma geralmente causa preocupação, pois pode ser indicativo de várias doenças.
É importante destacar que nem sempre é possível detectar a hematúria a olho nu, especialmente quando a quantidade de glóbulos vermelhos é pequena. Nesses casos, é necessário realizar um exame de urina para identificar a presença do sangue.
Existem várias possíveis causas para o sangramento na urina, incluindo infecção urinária, cálculos renais, doenças inflamatórias renais e até tumores no sistema urológico (rins, bexiga ou próstata). Embora a minoria dos casos de sangramento seja causada por tumores, é importante estar atento a essa possibilidade e procurar prontamente um urologista para avaliação.
A investigação geralmente começa com um ultrassom dos rins e da bexiga, um exame simples e não invasivo que busca identificar a causa do sangramento.
Dependendo do resultado, pode ser necessário realizar uma tomografia do abdômen e pelve, e/ou uma cistoscopia. A cistoscopia, realizada sob sedação, é uma endoscopia da bexiga que permite a visualização direta e, se necessário, a realização de biópsias.
É importante ressaltar que cerca de 85% dos pacientes com sangramento na urina não apresentam doenças graves e serão tratados pelo urologista de acordo com a causa, como o uso de antibióticos para tratar infecções. Além disso, uma porcentagem significativa (50-60%) não terá uma causa identificável (todos os exames serão normais) e o sangramento irá parar espontaneamente.
15% dos pacientes apresentaram algum tipo de tumor como causa do sangramento, sendo o câncer de bexiga o mais comum. Quando diagnosticado precocemente, esse tipo de câncer pode ser tratado de forma muito eficaz, com altas taxas de cura.
Após a detecção do tumor nos exames mencionados acima, a primeira etapa do tratamento é realizada o mais rápido possível e consiste em um procedimento minimamente invasivo chamado ressecção endoscópica da bexiga. Esse procedimento, realizado sob anestesia, envolve a utilização de um aparelho endoscópico especializado para remover todo o tumor raspando-o da bexiga através da uretra, sem a necessidade de cortes ou punções.
Após a ressecção, o tumor removido é enviado para análise para determinar detalhes como o tipo e o grau. Dependendo do caso, pode ser necessário realizar o tratamento com medicamentos injetados diretamente na bexiga para prevenir a recidiva do tumor. Essas substâncias, como BCG, mitomicina e gencitabina, podem ser aplicadas no consultório com poucos efeitos colaterais.
O urologista então irá orientar sobre o tempo de acompanhamento necessário para cada paciente e os exames que serão realizados a médio e longo prazo.
A maioria dos pacientes (70%) apresenta tumores pouco invasivos, que podem ser tratados com as técnicas mencionadas anteriormente. No entanto, 30% dos pacientes possuem tumores mais invasivos, que podem exigir uma cirurgia mais extensa. A cistectomia robótica é indicada, se trata da remoção da bexiga e a reconstrução do trato urinário com o auxílio do robô Da Vinci. Em alguns casos, a quimioterapia também pode ser necessária, sendo realizada sob a orientação de um oncologista.
Independentemente do tipo de tumor, o urologista oferecerá as melhores opções de investigação e tratamento. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhores serão os resultados e maiores serão as taxas de cura.
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