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14 de agosto de 2023

Sangue na Urina: devo me preocupar?

A presença de sangue na urina é motivo de preocupação e ansiedade para os pacientes, levando-os a buscar atendimento médico imediato quando esse sintoma ocorre. Mas será que isso é realmente tão preocupante? Continue a leitura e descubra!


Hematúria é o termo médico usado para descrever a presença de sangue na urina. Esse sintoma geralmente causa preocupação, pois pode ser indicativo de várias doenças.


É importante destacar que nem sempre é possível detectar a hematúria a olho nu, especialmente quando a quantidade de glóbulos vermelhos é pequena. Nesses casos, é necessário realizar um exame de urina para identificar a presença do sangue.


Causas para o sangue na urina

Existem várias possíveis causas para o sangramento na urina, incluindo infecção urinária, cálculos renais, doenças inflamatórias renais e até tumores no sistema urológico (rins, bexiga ou próstata). Embora a minoria dos casos de sangramento seja causada por tumores, é importante estar atento a essa possibilidade e procurar prontamente um urologista para avaliação.


Diagnóstico

A investigação geralmente começa com um ultrassom dos rins e da bexiga, um exame simples e não invasivo que busca identificar a causa do sangramento.


Dependendo do resultado, pode ser necessário realizar uma tomografia do abdômen e pelve, e/ou uma cistoscopia. A cistoscopia, realizada sob sedação, é uma endoscopia da bexiga que permite a visualização direta e, se necessário, a realização de biópsias.


É importante ressaltar que cerca de 85% dos pacientes com sangramento na urina não apresentam doenças graves e serão tratados pelo urologista de acordo com a causa, como o uso de antibióticos para tratar infecções. Além disso, uma porcentagem significativa (50-60%) não terá uma causa identificável (todos os exames serão normais) e o sangramento irá parar espontaneamente.


Tumores

15% dos pacientes apresentaram algum tipo de tumor como causa do sangramento, sendo o câncer de bexiga o mais comum. Quando diagnosticado precocemente, esse tipo de câncer pode ser tratado de forma muito eficaz, com altas taxas de cura.


Após a detecção do tumor nos exames mencionados acima, a primeira etapa do tratamento é realizada o mais rápido possível e consiste em um procedimento minimamente invasivo chamado ressecção endoscópica da bexiga. Esse procedimento, realizado sob anestesia, envolve a utilização de um aparelho endoscópico especializado para remover todo o tumor raspando-o da bexiga através da uretra, sem a necessidade de cortes ou punções.


Após a ressecção, o tumor removido é enviado para análise para determinar detalhes como o tipo e o grau. Dependendo do caso, pode ser necessário realizar o tratamento com medicamentos injetados diretamente na bexiga para prevenir a recidiva do tumor. Essas substâncias, como BCG, mitomicina e gencitabina, podem ser aplicadas no consultório com poucos efeitos colaterais.


O urologista então irá orientar sobre o tempo de acompanhamento necessário para cada paciente e os exames que serão realizados a médio e longo prazo.


A maioria dos pacientes (70%) apresenta tumores pouco invasivos, que podem ser tratados com as técnicas mencionadas anteriormente. No entanto, 30% dos pacientes possuem tumores mais invasivos, que podem exigir uma cirurgia mais extensa. A cistectomia robótica é indicada, se trata da remoção da bexiga e a reconstrução do trato urinário com o auxílio do robô Da Vinci. Em alguns casos, a quimioterapia também pode ser necessária, sendo realizada sob a orientação de um oncologista.


Independentemente do tipo de tumor, o urologista oferecerá as melhores opções de investigação e tratamento. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhores serão os resultados e maiores serão as taxas de cura.


Quer saber mais? Consulte um urologista da sua confiança. Caso queira minha ajuda, entre em contato comigo através da página de contato ou pelo WhatsApp (61) 99284-7537.

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